Cibercrime

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A unidade S21sec e-crime publicou o seu primeiro Relatório do Cibercrime que pretende reflectir a evolução da luta contra o cibercrime ao longo de 2008.
O relatório aponta a emergência dos grupos organizados do crime tradicional em todos os ciberdelitos onde havia possibilidade de obter vantagens económicas como uma das piores consequências da profissionalização da fraude na Internet e assinala o aparecimento de um novo tipo de ataques com fins políticos, ou até estatais, contra/em países onde existem conflitos. Foi o caso da Rússia – Geórgia e o caso Israel – Gaza.
Obtiveram-se alguns sucessos na luta contra o cibercrime no segundo semestre de 2008, com a eliminação de servidores chave na infra-estrutura criminal. Provedores da Internet (ISP) transformados em pilares da infra-estrutura cibercriminal como o Atrivo/Interchange ou McColo foram desligados tal como o fórum de compra e venda de dados roubados, DarkMarket, fechado em Outubro de 2008 pelo FBI.
O relatório faz um interessante enquadramento histórico do cibercrime desde a época romântica (1996-2000), dos primeiros vírus, aos primeiros phising ou vermes (2001-2004) à fraude (2005-2006), com a qual surgem as “milícias cibernéticas”.
Actualmente estamos imersos no e-crime em que se produzem ataques geopolíticos e em que uma das motivações principais é a de ter o controlo da Internet. As ameaças geopolíticas geram crescente preocupação, aumentam as actividades militares e políticas na rede: o cyberwarfare. Como exemplo o ciberataque à Estónia por causa de uma decisão do governo de mudar um monumento da época soviética.
Mas a maioria dos ataques informáticos resulta do uso do phising e dos troianos que exploram a debilidade existente numa das funções de JavaScript dos principais motores de busca na rede.
O aumento do malware já levou a OCDE a avisar que a economia da Internet pode estar em perigo pois a confiança dos utilizadores na Internet pode ser posta em causa pelo cibercime.

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