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Sexo dos Anjos e o homem que bateu na mãe

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Hoje houve sessão da Assembleia Nacional. Por azar sorte no rádio do carro tive oportunidade de ouvir um pouco. Achei engraçado. Discutiam (mais uma vez) o sexo dos anjos. Será que não sabem que os anjos são todos (todinhos) do sexo masculino, vestem longas gabardines pretas e são sexys? Será possível que não tenham visto o Nicolas Cage na Cidade dos anjos (filme de 1998 realizado por Brad Silberling)? Será possível que não tenham reparado naqueles olhos doces, de anjo?
Passou-lhes despercebido este anjo negro lindo de morrer?!!!
Na verdade, o que discutiam era pior que o sexo dos anjos mas ainda mais engraçado: discutiam o papel do PAICV e do MPD. Muito bem, dizes tu, é o que devem fazer: desempenhar um papel no desenvolvimento do país. Pois, mas discutiam o papel que julgam ter desempenhado há quase vinte anos atrás.
A não ser que se trate de uma Assembleia de Historiadores (embora se posicionem mais como Assembleia de Deuses) não percebo. Francamente, não percebo.
Para uma distraída profissional, como eu, os méritos e os deméritos são do colectivo, da Nação, do povo, na escolha dos caminhos que trilha como colectivo, como Nação, como povo. Mas parece que não…
Senhores deputados se vamos discutir papéis na História cá fica a minha opinião: os méritos vão todinhos para o tipo que bateu na mãe e conseguiu a independência (o Afonso Henriques) ou se calhar para o advento da "democracia" com o outro (o D. João I) que foi eleito (nas Cortes de Coimbra de 1385) e não nos deixou (mais uma vez) ser espanhóis! Seríamos as Canárias do Sul, teríamos rei… e já os nossos deputados podiam trabalhar sem se preocuparem com os papéis.
Ó triste sorte… tantos senhores que temos, convencidos que têm subditos e talhados para a corte dos monarcas! E haviam aqueles dois (sem contar com o outro que acabou com os Filipes à pancadaria) de nos impedir de sermos reino...

Kiki Lima

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Há poucos dias a Sónia – de férias aqui em Cabo Verde – insistia, apesar das minhas afirmações em contrário, que o Kiki Lima era angolano e foi preciso recorrer a testemunhos de outras pessoas para contrariar essa ideia feita que reflecte a pouca divulgação que vamos dando aos nossos artistas plásticos. Mesmo na música não é assim tão diferente: quantos clips do Vadu ou do Tceka estão no youtube? Estas divulgações informais são preciosas para dar a conhecer o que aqui se faz e a nossa cultura.
Voltando ao Kiki Lima. É cabo-verdiano sim senhora! Nasceu em Cabo Verde, Santo Antão, em Abril de 1953 e viveu largos anos em Portugal. É um artista multifacetado, além da pintura tem trabalhos de escultura, design e música.
Realizou dezenas de exposições individuais e participou em muitas outras colectivas, inclusive no estrangeiro em países como Angola, Brasil, Cuba, Espanha, França, Holanda, Luxemburgo, Macau, Portugal, Suíça, e Estados Unidos.
Agradam-me a luminosidade e cor das suas telas inspiradas, muitas vezes em cenas quotidianas, destas ilhas, de trabalho ou de festa. Elas transmitem uma visão optimista talvez por causa das cores brilhantes. Em cima a tela "Rua de Lisboa" e aqui ao lado "Peixeiras"
Lembro-me de em 2006 ter ido à “Casa da Aginha” no Mindelo, S. Vicente, um espaço muito interessante onde se podia ver os seus quadros e saborear uns petiscos. Dizem-me que fechou, o que é uma pena.