Lido por aí

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Não resisto a citar as declarações (lidas aqui) de Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI ao jornal Le Monde, quanto às medidas a tomar para relançar a economia e evitar uma nova "Grande Recessão": despesa pública, investimento público.
«Il vaut mieux que la relance intervienne par l'augmentation des dépenses publiques que par la diminution des recettes publiques. Autrement dit, les constructions de ponts ou les rénovations d'écoles risquent d'avoir plus d'effets sur la demande que des réductions d'impôts que les ménages sont tentés de transformer en épargne de précaution.»
A propósito destas declarações comenta Vital Moreira: “Entre nós, porém, uma direita ainda refém dos dogmas neoliberais, continua a rejeitar o investimento em obras públicas e a pedir baixa de impostos...”
Comento eu: apesar dos resultados alcançados, apesar de ser esta claramente a política do Governo, uns quantos que só se aperceberam da crise em 2008 (hehehe) consideram o Governo desgovernado por ter adoptado esta política por antecipação. Se calhar era melhor ter esperado para quando dessem por ela... a crise.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ora pois, pena que afinal sejamos levados a concluir que, a tal crise que só afectaria o resto Europa, já se tinha instalado em Portugal desde o início do mandato destes nossos (des)governantes; mais grave ainda é que a grande qualidade da tradução do francês que se revela nas palavras dos nossos ministros não esteja acompanhada da tão necessária capacidade de autocrítica, ou até mesmo da simples competência para olhar em redor e não ser mais "Alice", visto que este não é "o país das maravilhas". Se conseguissem curar-se do autismo político e social de que enfermam, concluiriam também que, afinal com esta resposta dada à crise, tão antecipadamrente que ainda nem sabiam que ela já se tinha uinstalado, os resultados foram desastrosos. Agora que acordaram, será que dado esta receita ter falhado, não seria mais inteligente procurar uma diferente, menos lesiva do nosso já tão desgastado país?

MM disse...

Anónimo: não é de Portugal que se trata. Blogga-se de cabo Verde. Mas se efectivamente o problema é global as estratégias adoptadas pelos países foram diferentes. A crise alimentar já se manifestava em 2007 de forma muito forte. Um país frágil como CV que tudo importa teria sido muito mais afectado se não tivessem sido tomadas medidas adequadas.

Anónimo disse...

MM:plenamente de acordo, tanto no que diz respeito a CV como a Portugal - small difference: vocês poderiam ter sofrido mais e nós, por cá, teríamos e estaríamos a sofrer menos...beijos de cá.