Independência

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Gosto de Mia Couto. Dos livros, dos poemas e dos textos. Alguns menos que outros. Com outros tenho uma relação duvidosa senão mesmo conflituosa. Não é o caso desta conferência proferida na Suíça. É um dos escritos de que gosto e que merecem reflexão profunda e a um tempo desapaixonada e apaixonada. Porque tem perspectiva, do passado do presente e do futuro. Porque estes nossos países nasceram de dor e paixão, porque trilhamos ainda caminhos do futuro.
Fica um excerto. Talvez vos desperte vontade de ler na íntegra.
Termino confessando-vos um sonho, um desejo. Os trinta anos de Independência não são apenas um momento já vivido. São um tempo vivo cujas potencialidades ainda se irão revelar por inteiro. O nosso passado, desde 1975, é um futuro. Uma semente que está dando árvore.

2 comentários:

Edy disse...

A independência de CV está dando árvore?Pessoalmente,acho que sim..mas também acho que,nessa busca do futuro,algures,perdemos o essencial da alma criola,da alma caboverdiana...precisamos,urgentemente,de resgatar essa essência....

MM disse...

Esquecer a história é perder a alma. Esquecer donde viemos e cortar as raízes faz-nos perder a essência. Tens razão. Precisamos resgatar-nos.
Percorremos um longo caminho, temos uma pequena árvore que precisa de cuidados mas está com raízes fortes. Sejamos críticos porque é sempre possível fazer melhor, sejamos pragmáticos e honestos ao olhar para nós próprios. E, tenhamos orgulho porque este país é obra dum povo que desafiou a inviabilidade. Flagelados do vento leste é um poema que devíamos cantar aos sete ventos.
Abraço