Falta tempo para postar embora os assuntos não faltem nesta montanha
russa em que o mundo se transformou.
O tempo é uma coisa engraçada. Faz-se escasso sempre que precisamos dele. Dou por mim a gerir atrasos e a impressão que tenho é que me roubaram a quarta-feira ou outro qualquer dia da semana e que sub-repticiamente retiraram horas aos meus dias.
Vai normalizar - acho eu, espero eu, desejo eu - porque faz-me falta andar por aqui.
Consola-me saber-vos aqui.
Não é dos meus favoritos mas ilustra o meu sentir... o tempo desliza!
Os livros são como as cerejas. Vêm aos pares ou aos trios. Um puxa pelo outro. Nos últimos tempos deu-me para reler pela milésima vez “O Principezinho”, muito pela raposa, muito pelo rei, muito pelo vaidoso…
E de repente apetece-me reler o “Deus das Moscas”. Não sei porquê. Dou uma olhadela ao armário mas a confusão é tanta - mais um ano se passou sem as prateleiras - que desisto de procurar esta noite. Mas apetece e nem sei porquê. Esse livro sempre me inquietou, pela inevitabilidade que tem em si, pela condição humana a que nos reduz.
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo
O Festival Internacional de Teatro de Almada faz 25 anos - um quarto de século :) estamos mesmo velhos, caramba. Ainda me lembro de ver a Céu Guerra num monólogo espectacular num dos primeiros festivais.
Já estão quase a acabar essas duas semanas intensas de teatro e gostaria de ter estado aí para ver a peça do Berliner Ensemble, o colectivo teatral alemão fundado em 1949 por Bertold Brecht e Helene Weigel. Levaram à cena Peer Gynt do norueguês Henrik Ibsen, sob a direcção de Peter Zadek. De certeza que deu boas conversas no Farma ou na Cerca
Bons espectáculos pessoal.
The Thomas Crown Affair. Gosto deste filme. Claro que a Nina Simone tem um papel fundamental neste gosto: Sinnerman paixão antiga que não me canso de ouvir que me acompanha sempre naqueles momentos em que resmungo mas dos quais não prescindiria…. Esta sequência é impressionante. É um filme que devia ser mas não é previsível.
Gosto disso. O imprevisto sempre me seduziu. Por contraponto o previsível aborrece-me.