alvaro de campos
God Save the Queen!
Li por aí que Ortodoxia de G. K. Chesterton vai ser reeditado. Fiquei contente não sei porquê. Gosto de Chesterton, reconheço que é um escritor obrigatório mas a verdade é que me irrita. Não consigo lê-lo sem irritar-me mas leio.
Fica um extracto do Ortodoxia...
"Qual é o problema do pessimista?
Em minha opinião, o pessimista pode ser descrito como uma espécie de antipatriota cósmico.
E qual é o problema do antipatriota? Parece-me poder-se afirmar, sem amargura indevida, que o antipatriota cósmico é o amigo ingénuo.
E qual é o problema do amigo ingénuo? Atrevo-me a dizer que o problema do amigo ingénuo reside no simples facto de não ser ingénuo. O amigo ingénuo esconde qualquer coisa: o triste prazer que sente em dizer coisas desagradáveis.
Este amigo tem um secreto desejo, não apenas de ajudar, mas de magoar. E esta é, a meu ver, a razão pela qual um certo tipo de antipatriota se torna irritante para os cidadãos normais.
É a pessoa que diz: «Lamento imenso informar que estamos arruinados», quando não lamenta coisa nenhuma.
É certo que ele se limita a enunciar factos; mas não deixa de ser essencial conhecer as suas emoções e as suas motivações.
Pode muito bem acontecer que haja em Tottenham mil e duzentas pessoas com varíola; mas convém saber se quem faz esta afirmação é um grande filósofo, que a faz com o intuito de amaldiçoar os deuses, ou um simples membro do clero, que a faz porque pretende ajudar os doentes.
O problema do pessimista não é, pois, punir severamente deuses e homens, é não amar aquilo que pune tão severamente – é não ter esta lealdade, primária e sobrenatural, para com as coisas."
Fantástico jogo de palavras. Obama... não vote em branco. LOL
Crise explicadinha ou será mercado explicadinho? Há décadas que vivemos ficções...
A nossa capacidade de reengenharia da realidade é fascinante. Chato é que há sempre alguém do contra; no caso aquele que pergunta "mas afinal quanto é que valem o raio das casas?" e, não contente com o disparate de perguntar, descobre que valem um décimo do valor pelo qual foram vendidas.
Duas coisas são certas: (i) Matrix é um dos meus filmes favoritos, (ii) Puppet on a string uma das músicas que revisito.
Estou aqui. Não posto nem comento com tanta frequência mas estou aqui. As explicações já foram dadas noutros posts. Mais do que o tempo que escasseia, ou assuntos - o mundo é neste momento e como de costume um fervilhar de coisas para pensar e uma das maiores crises mundiais nos últimos cem anos seria um assunto de eleição neste blog - falta-me disponibilidade mental. O Tico e o Teco (para quem ainda não sabe os meus dois últimos neurónios) andam preguiçosos. Nem uma segunda-feira negra os anima.
ainda tens internet em casa?